LORENZETTI nasceu em 2oo4 em http://lorenzetti.blogspot.com Lorenzetti está fora de Portugal e daí a fraca actualização do LorenzettiCome, que cobre apenas Portugal.

Lorenzetti

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Monday, August 14, 2006

Bica



Depois de um fraco couvert [os €1,5 também não ajudam], uma vichyssoise [€4,50] e, ao lado, sentiu-se uma sopa de peixe que pelo menos cheirava fantasticamente bem [€7,50].

Passou-se para um 'lombinho' [incompreensíveis diminutivos] de porco com migas e espinafres [€16,00] e a acompanhar, um Esporão Syrah [€27,00].

Tudo concluído com um chèvre 'regular' [€4,50] e um Partagas D4 [trazido de casa!].

A vichyssoise contrariou o calor louco da cidade e o porco com migas a saudade de comida 'algo caseira' e portuguesa. A carne era verdadeiramente sublime, em sabor e corte. O syrah resultou em boa escolha para as várias escolhas de quem estava à mesa e acompanhou lindamente a continuação de chèvre e até o D4. Cada vez somos mais adeptos do vinho único, do início ao fim, incluindo entradas e 'saídas', tabaco incluído. Excepção só mesmo a um cocktail de entrada [e mesmo na Bica, porque no Lux deixaram o Möet -- que já não era excepcional -- e passaram a ter um manhoso Mümm].

Resultado: *****

A Bica continua a ser um restaurante para uma boa refeição, sem grandes pretensões, e quem sabe a anteceder uma bela noite electro logo à frente.

Bica do Sapato
Armazém B
Cais da Pedra à Bica do Sapato [em frente ao Lux, Santa Apolónia, Lisboa]
Reservas T.: 218 810 320 F.: 218810329.

R€$taurant€$ como nunca se viram


Lorenzetti lança hoje um novo conceito de dar a conhecer e / ou comentar as suas refeições.

Além das características já habituais das várias sugestões que vai dando [e agora também com alguma colaboração no site No Prato, as observações de Lorenzetti passam a ser 'suportadas' com a factura emitida pelo restaurante a pedido de Lorenzetti, ou pelo menos quanto ao consumo de Lorenzetti que serve de base ao comentário publicado por Lorenzetti.

O primeiro sai já a seguir!

Wednesday, August 09, 2006

Prémio Lorenzetti para melhor website de restaurante



Soa bem?

Não fazemos ideia.

Mas seja qual for o nome, o primeiro prémio nesta primeira edição vai para um restaurante português e do Porto: o Cafeína, recomendado por uma amiga lá do sítio.

Além da variedade de conteúdos [e da sua utilidade] e do design, mereceram particular destaque as listas completas de ementa e vinhos [com preços incluídos] e as FAQ, que incluem 14 perguntas e respostas como o preço médio por refeição e até as formas de pagamento disponíveis [imagine-se que no KOI, em Lisboa, não aceitaram multibanco a Lorenzetti porque, alegadamente, tinham aberto há pouco tempo. Uma desculpa óptima. Num hospital seria interessante: olhe ainda não temos macas. Abrimos há pouco tempo...]. Inclui ainda receitas [apenas duas: vieiras marinadas com vinaigrette de marmelo e salada de choucroute e crepes soufflées com clementina]. A única crítica vai no sentido da actualização, necessária em alguns aspectos [e.g. textos datados, sobretudo as notícias que ficaram em... 2003!].

O Cafeína tornou-se num menino querido da restauração portuense, com a variante clássica [Cafeína itself, a 'económica' [Terra] e a loja. Fica na Foz, na Rua do Padrão, perpendicular à Av. do Brasil. A seguir recomenda-se um copo [não peçam nada muito sofisticado, que eles não chegam lá -- já nem falo de bellinis ou rossinis, não tinham sequer margueritas, mas vale pela proximidade do Cafeína e pela praia, fantástica à noite] nas espreguiçadeiras do bar da praia da Luz, em cima da praia. E quem sabe, acabar na Pop, junto do Hotel da Boavista.

Como é evidente, todos os dados estão no site que, por ser tão completo, merece este 'primeiro prémio Lorenzetti'.

Destaque curioso: desconto de 10% para reservas feitas online.

Monday, August 07, 2006

60 - 70


O Sessenta Setenta é um restaurante no Porto.

Fica ao lado de um antigo convento [de Monchique], na rua de nome sugestivo [rua sobre o Douro] e que não decepciona [ainda que nao seja MESMO MESMO 'sobre', como a foto, tirada de outro ponto, sugere], à qual se chega pela Rua da Restauração. Bem fácil, embora não pareça.

O edifício é todo em pedra, belíssima, com pequenas janelas sobre o Douro, mirando Gaia e os infindáveis cartazes e luzes piscantes das caves de Porto.

Entra-se por um simpático portão -- antecedido por uma prudente carta e preçário -- que antes do restaurante propriamente dito -- em edifício autónomo -- tem uma esplanada lateral ao Douro e com bar próprio [que na altura, uma noite de quinta, não estava a funcionar]ao ar livre, que deu jeito a Lorenzetti para um charuto que percebeu que viria a incomodar uns quantos comensais que ainda iam a meio.

Pensa pois o leitor, sobretudo o que já conhece Lorenzetti, que com charuto a refeição foi muito boa [para completar] ou muito má [para compensar].

Nem uma coisa nem outra. As expectativas eram muito altas, dada a origem da tip dada a Lorenzetti, por uma 'gourmet' local, que se apressou a dizer que o 60 70 ainda não tinha clientela fixa e que valia a pena passar lá antes que passasse de moda e ficasse mau ou fechasse. Meu dito meu feito. Lá se desmarcou o clássico Bull & Bear e se partiu para novas aventuras.

E foi uma aventura. Amuse-bouche, nicles. Couvert, uma bola de manteiga manhosa e um pão pouco apelativo. Uma lista de vinhos razoável, felizmente com indicação dos anos e separação dos varietais. Mas apenas dois vinhos a copo, que não primavam pela excelência, a seguir a regra habitual [embora em Portugal, só o facto de ter vinho a copo já é de aplaudir].

Avançou-se com uma sopa de peixe, que no caso era um caldo [a fazer lembrar um provado no Frade dos Mares, em Santos, para esquecer] ao qual se acrescentaram dois mexilhões e umas minúsculas tranches do que parecia ser solha cozida ou um linguado raquítico.

Por estranho que pareça [mas a carta obrigou-nos a isso, e o apetite também] continuámos com peixe: um rodovalho sobre espargos e cebolinho. Algum excesso de sal, de resto regular, nada de outstanding.

Em desespero de causa, pedimos de sobremesa o que nos recomendassem. Uma recomendação não podia sair mal. Saiu. E foi a especialidade da casa. Um soufflé de Grand Marnier que como qualquer soufflé demora tempo, mas que neste caso demorou horas. E como foram bem passadas, não afectaram a 'degustação'. Que foi terrível. O soufflé era suficiente minúsculo para se confundir com uma sobremesa parte de um 'menu de degustação' [juntando-se à vontade a mais 3 ou 4], a clara afundava tudo, o creme era inexistente e o Grand Marnier parecia ter sucumbido ao forno.

Um flop.

E temos pena, porque como é óbvio, somos viciados em comida. E apesar dos restaurantes da moda nem sempre serem os melhores restaurantes [style over content...], esperávamos mais. Somos capazes de voltar. Mas não será pela comida. Modernices.

Quem quiser ver o sítio, que é giro, pode ficar com as referência abaixo [mas recomendamos que peça um steak au poivre, que tinha óptimo aspecto e não pode falhar]:

Sessenta Setenta
Rua sobre o Douro, 1-A
22 340 60 93