LORENZETTI nasceu em 2oo4 em http://lorenzetti.blogspot.com Lorenzetti está fora de Portugal e daí a fraca actualização do LorenzettiCome, que cobre apenas Portugal.

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Tuesday, June 19, 2007

Clube de Jornalistas


Tenho uma relação muito especial com o Clube de Jornalistas. É certo que não sou jornalista, e que critico – com muita frequência até – os jornalistas. Não porque os despreze. Muito pelo contrário: porque reconheço a sua importância na sociedade e por essa razão a sua responsabilidade. Aborrecem-me pois os erros no uso da língua portuguesa ou a tendência para opinar em vez de reportar. O Clube de Jornalistas é deliciosamente aberto ao público. Aos não jornalistas, como eu. E abre não só um fantástico restaurante, como toda uma casa cujas salas inspiram paz de alma e criatividade mental. E até algum romance (comecei lá aquilo a que hoje chamo namoro), entre o pequeno pátio das traseiras e os confortáveis sofás das salas do interior. Ou a reunião na sala dos azulejos. Cheguei até a ver notícias na sala do fundo, que além de bilhar tem TV. Tudo isto com conforto sem luxo, onde o luxo é poder estar só ou em pequena e boa companhia, sem pressas. A comida é genial. Sem grandes pretensões, apesar de não ser barato, o menu junta delícias sem nomes demasiado pomposos como hoje é comum, num novo riquismo que afecta (infecta?) os restaurantes portugueses, recheados de emergentes. No Clube de Jornalistas, recomendo os carpaccios (de atum dos Açores com vinaigrette de ananás e queijo da ilha, ou o carpaccio do lombo, a 10 euros), ou o chévre chaud com mel e maçã (7 euros). Para quem preferir (ou quiser adicionar) sopa, o gazpacho é bom (e não será ousado pedir para juntar mais pão tostado / crôutons), a 4 euros, embora a maravilha seja mesmo a sopa de lavagante (5 euros) à qual nunca resisto. Fora da carta (vi esta semana) estava o creme de ostras, suponho que novidade deste verão. Como peixes, porque não o salmão em crosta de sésamo (€11.50) ou o razoável risotto do mar com champagne (a 17 euros). De carne, além dos clássicos bife (€17.50) e da substancial posta mirandesa (€16), os supremos de frango recheados de farinheira (€12, mas para isso há que ir ao Mezzaluna, que os tem como especialidade) e o meu eleito, o borrego ao alecrim com ratatouille e couscous (€13), que é um dos meus pratos favoritos em casa, e que não dispenso no Clube de Jornalistas. A sobremesa é para mim, cada vez mais, um bom charuto, mas como cada vez é mais difícil fumar em restaurantes (embora no Clube não o seja, bastando fugir para uma das salas de estar), recomendo o ananás em ravioli com recheio de manga e sorvete de tangerina (5 euros) ou para quem nucna vai a Cascais ou ao Estoril, os gelados do Santinni, no Verão. Bendito seja este ‘Clube’ tão aberto, que junta uma bela e acolhedora casa a um serviço simpático e a uma cozinha excelente. E que portanto se recomenda e muito.


Clube dos Jornalistas
Rua das Trinas 129, Lisboa
21 397 71 38

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