Do 9 ao 79
O Mezzaluna continua a ser um grande restaurante italiano. Continua a comer-se muito bem e o chef e sócio Michele Guerrieri justifica as visitas.
Mas há coisas que pecam e o serviço é uma delas, ao lado do espaço que, apesar das obras, continua exíguo, com mesas a mais, em cima umas das outras, ruidoso em conversas e até em serviço, com empregados a mexer constantemente em talheres e copos e a falar alto.
Sem prejuízo de o outro sócio, a chefe de sala e restantes funcionários serem muito simpáticos para os 'amigos da casa', há erros que não se cometem, como deixar pessoas penduradas, quase de dedo no ar [ou são mais produtivos ou contratam mais empregados] e sobretudo, marcarem mesas que depois não têm disponíveis.
Se não sabem ou não conseguem gerir reservas e pedidos de mesas específicas não aceitem reservas desse tipo por telefone.
Chegar lá e não ter a mesa que foi pedida não é simplesmente uma seca, é incompetência. Sobretudo quando a resposta é 'mas não fui eu que falei consigo... foi algum colega meu'.
Pois, colega. Supostamente são uma equipa. Comunicam e terão as mesmas qualidades e metas.
Bebidas: para aperitivo não tinham Bellinis. Um restaurante italiano sem Prosecco e pêssego? A copo só têm Taittinger, nada de Pérignon, Veuve Cliquot ou a linha clássica [e que anda fraquita, dizia-me um expert de um certo hotel de Lisboa, que no entanto diz que a Möet não é de ficar quieta e há de melhorar...] da Möet.
E vinho a copo? Nada de jeito.
Pior do que a incompetência da sensibilidade é a insensibilidade da própria incompetência. E assim andamos...
Para comer fora de casa ou vamos às tascas dos grandes pequenos amigos ou aos restaurantes dos grandes chefs e dos grandes hotéis dos grandes amigos grandes...
Tudo o que está no meio [quase todos os restaurantes, sobretudo os da moda] são uma profunda perda de tempo, de gosto e de dinheiro. É 8 ou 80. do 9 ao 79 é lixo.
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